Turismo
A população estimada do distrito de Engenheiro Corrêa, em Ouro Preto, é de aproximadamente 306 habitantes, conforme informações da Prefeitura de Ouro Preto (2022). Esse número reflete o caráter rural e tranquilo da localidade, que preserva suas tradições e mantém uma forte ligação com a história e a cultura de Minas Gerais. A Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, inaugurada em 1896 no trecho entre Miguel Burnier e Itabirito, foi o marco fundador do povoado e impulsionou seu desenvolvimento econômico e urbano. Ao redor dela surgiram casas, fazendas, sítios e comércios, consolidando a sede distrital, que chegou a contar com armazéns, luz elétrica própria, telégrafo e até produção de manufaturas caseiras. Durante a primeira metade do século XX, viveu seu auge, com intenso movimento de cargas e passageiros, o que garantiu dinamismo e crescimento local. Em 1953, o lugar foi elevado a distrito, reconhecendo sua importância. Contudo, a crise do transporte ferroviário no Brasil, a partir da segunda metade do século XX, levou à decadência: a estação foi desativada em 1997 e o distrito mergulhou em retração econômica e demográfica.
Construída no século XVIII e reformada no século XIX, esta capela representa as origens do povoado e é um símbolo da religiosidade local. Em torno da capela, muitas fazendas se estabeleceram. É possível ver os vestígios de vários e extensos muros de pedra seca, limítrofes destas fazendas.
O Ribeirão Sardinha é um curso d’água que se localiza na porção noroeste do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Ele é um afluente do Ribeirão Mata Porcos, que, por sua vez, desemboca no Rio Itabirito, principal afluente do alto Rio das Velhas. A bacia do Ribeirão Sardinha tem uma área de 121,16 km² e abrange porções dos distritos de Engenheiro Corrêa, Santo Antônio do Leite e Miguel Burnier.
Um dos principais atrativos arquitetônicos é a capela de São José. Erguida no final do século XIX, a capela apresenta linhas arquitetônicas sóbrias com influências neoclássicas, refletindo a transição de estilos da época. Além de sua importância religiosa, a Capela de São José é um ponto de interesse turístico, atraindo visitantes que apreciam a história, a arquitetura e a paisagem natural que a cerca.
A Estrada Real é uma das rotas históricas mais importantes do Brasil colonial, usada para o transporte do ouro e outros produtos das minas até os portos. Essa rota histórica passou perto do distrito de Engenheiro Corrêa, influenciando sua formação e desenvolvimento. A presença da Estrada Real contribuiu para o surgimento de fazendas, povoados e pontos de parada ao longo do caminho, como Engenheiro Corrêa. Ela conectava Ouro Preto a outras cidades importantes, facilitando o comércio e a circulação de pessoas. Hoje, a Estrada Real é valorizada como patrimônio histórico e cultural, e muitas partes do seu trajeto são exploradas por turistas interessados na história do Brasil colonial e nas belezas naturais de Minas Gerais. Em Engenheiro Corrêa, a Estrada Real ajuda a contar a história da região, mostrando como o distrito esteve ligado às grandes rotas do ciclo do ouro e ao desenvolvimento da mineração.
